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O Banco Central publicou, em 10 de novembro de 2025, três resoluções que estabelecem uma série de novas regras para o setor de criptomoedas no Brasil. A falta de clareza sobre possíveis novas tributações é um dos fatores que causa receio em agentes do mercado.
As novas novas normas instituem, entre outros mecanismos:
Além disso, o BC passa a exigir um capital mínimo entre R$ 10,8 milhões e R$ 37,2 milhões para que as empresas possam operar com criptomoedas, conforme o risco da atividade.
Embora essas novas regras aumentem a segurança para o investidor, garantindo que as empresas autorizadas pelo Banco Central sejam realmente sólidas, elas também podem frear a inovação e reduzir a competitividade. Afinal, será que as gigantes do setor teriam conseguido nascer se tivessem enfrentado essas exigências logo no início?
Com a regulamentação, os cartões de débito abastecidos com criptomoedas para clientes brasileiros se tornarão exclusividade de empresas autorizadas pelo BC. Ou seja, serviços que estiveram em alta este ano como o Kast e Avalanche deverão se estabelecer no país ou deixar de atender brasileiros.
A regulamentação também abre espaço para a cobrança de impostos, em especial o IOF sobre compra e venda de stablecoins, o que ainda gera incerteza no mercado em relação às stablecoins pareadas ao real.
Para Rocelo Lopes, CEO da SmartPay, a possibilidade de que stablecoins lastreadas no real sejam tratadas como operações cambiais abriria espaço para cobranças sem lógica econômica.
“Existem stablecoins atreladas ao real onde não faria sentido ter IOF. Seria o equivalente a cobrar IOF sobre transferências via Pix. Se a paridade é um para um com o real, não há lógica em criar uma tributação adicional.”
Lopes alerta que uma definição mal calibrada pode desestimular a inovação:
“É preciso definir qual será o valor do imposto para não matar essa economia. O Brasil não pode, mais uma vez, se tornar apenas espectador de uma tecnologia que pode liderar.”
“Fica estranho dizer que eu pago mais para adquirir um criptoativo pareado ao real e perco quando troco de volta para a moeda fiduciária. Isso desestimula e não faz sentido.”
Mas, para o empresário, uma boa regulamentação poderia fortalecer o ecossistema brasileiro e tornar competitivas soluções nacionais e, apesar das incertezas, o avanço regulatório ainda teve seu aspecto positivo.
“Essa definição pode incentivar a indústria nacional e beneficiar empresas que estão desenvolvendo novos modelos de economia usando o real como referência. Mas é preciso muito cuidado com a forma de tributação.”
“A regulamentação dá mais clareza ao mercado. Estabelece regras, traz previsibilidade e permite conversar com bancos e investidores estrangeiros com segurança.”
“Não é mais como no passado, quando bancos encerravam contas por falta de regras. Hoje, bancos vendem criptomoedas justamente porque existe regulamentação.”